sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Como e quando foi compilado o cânone da Bíblia?



Pergunta: "Como e quando foi compilado o cânone da Bíblia?"

Resposta: O termo “cânone” (ou “cânon”) é usado para descrever os livros que foram divinamente inspirados e, por isso, pertencentes à Bíblia. O aspecto difícil em determinar o cânone bíblico é que a Bíblia não nos dá uma lista dos livros que a ela pertencem. Determinar o cânone foi um processo, primeiro por rabinos judeus e eruditos, e depois, mais tarde, por cristãos primitivos. Certamente foi Deus quem decidiu que livros pertenciam ao cânone bíblico. Um livro ou Escritura pertenceu ao cânone a partir do momento que Deus inspirou sua autoria. É simplesmente uma questão de Deus convencer Seus seguidores humanos de que livros deveriam ser incluídos na Bíblia.

Em comparação ao Novo Testamento, houve pouca polêmica a respeito do cânone do Velho Testamento. Crentes Hebreus reconheceram os mensageiros de Deus e aceitaram o que escreveram como inspirado por Deus. Houve, inegavelmente, algum debate a respeito do cânone do Velho Testamento. Entretanto, por volta de 250 d.C. houve uma concordância quase universal a respeito do cânone das Escrituras Hebraicas. A única pendência foi sobre os Apócrifos... com algum debate e discussão que se estende até hoje. A vasta maioria dos eruditos hebreus consideraram os Apócrifos como bons documentos históricos e religiosos, mas não no mesmo nível das Escrituras Hebraicas.

Para o Novo Testamento, o processo de reconhecimento e compilação começou nos primeiros séculos da igreja cristã. Desde o início, alguns dos livros do Novo Testamento foram sendo reconhecidos. 

Paulo considerou os escritos de Lucas tão cheios de autoridade quanto o Velho Testamento (I Timóteo 5:18; veja tambémDeuteronômio 25:4 e Lucas 10:7). 

Pedro reconheceu os escritos de Paulo como parte das Escrituras (II Pedro 3:15-16). Alguns dos livros do Novo Testamento circulavam entre as igrejas (Colossenses 4:16I Tessalonicenses 5:27). 

Clemente de Roma mencionou ao menos oito livros do Novo Testamento (95 d.C.). 

Inácio de Antioquia reconheceu cerca de sete livros (115 d.C.). 

Policarpo, um discípulo de João o Apóstolo, reconheceu 15 livros (108 d.C.). 

Mais tarde, Irineu mencionou 21 livros (185 d.C.). 

Hipólito reconheceu 22 livros (170-235 d.C.). 

Os livros do Novo Testamento que provocaram maior polêmica foram Hebreus, Tiago, II Pedro, II João e III João. 

O primeiro “cânone” foi o Cânon Muratoriano, que foi compilado em 170 d.C. O Cânon Muratoriano incluiu todos os livros do Novo Testamento, exceto Hebreus, Tiago e III João. Em 363 d.C. o Concílio de Laodicéia estabeleceu que somente o Velho Testamento (e os Apócrifos) e os 27 livros do Novo Testamento deveriam ser lidos nas igrejas. 

O Concílio de Hippo (393 d.C.) e o Concílio de Cartagena (397 d.C.) também afirmaram a autoridade dos mesmos 27 livros.

Os concílios se basearam em algo similar aos seguintes princípios para determinar se um livro do Novo Testamento era realmente inspirado pelo Espírito Santo: 

1) O autor foi um apóstolo, ou teve uma estreita ligação com um apóstolo? 

2) O livro é aceito pelo Corpo de Cristo como um todo? 

3) O conteúdo do livro é de consistência doutrinária e ensino ortodoxo? 

4) Este livro contém provas de alta moral e valores espirituais que reflitam a obra do Espírito Santo? 

Novamente, é crucial recordar que a igreja não determina o cânone. Nenhum concílio primitivo determinou o conteúdo do cânone. Foi Deus, e unicamente Deus quem determinou quais livros pertenciam à Bíblia. Foi simplesmente questão de Deus convencer Seus seguidores a fazer o que Ele já havia decidido. O processo humano de reunir os livros da Bíblia foi imperfeito, mas Deus, em Sua soberania, e apesar de nossa ignorância e teimosia, levou a igreja primitiva ao reconhecimento dos livros que Ele havia inspirado. 

(Transcrito)


Em Cristo,
Helena

domingo, 25 de setembro de 2011

Pastores Aprovados por Deus




Há pastores na maioria das igrejas. Muitas pessoas almejam o cargo de pastor. Biblicamente, a função dos pastores é cuidar do rebanho (igreja) de Deus (veja 1 Pedro 5:1-2; Atos 20:28). Como servos de Deus, os verdadeiros pastores mostrarão a sua preocupação com a vontade do Senhor, fazendo e ensinando o que ele diz.

Nosso estudo de pastores, necessariamente, se baseia na Bíblia. Antes de entrar no estudo, quero explicar meus motivos. Estou escrevendo este artigo para ajudar pessoas honestas a servirem ao Senhor. Conforme o padrão bíblico, eu faço parte de uma congregação local, onde sirvo ao Senhor junto com outras pessoas. Não mantemos nenhum tipo de laço com nenhuma denominação. A nossa responsabilidade é de fazer a vontade de Deus, e aceitamos a Bíblia como a única fonte de informações sobre a vontade dele. Eu não tenho nenhum motivo para defender nem atacar qualquer pessoa ou organização religiosa. Meu propósito é bem simples: servir a Deus e ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo.

Sem dúvida, este artigo não agradará a todos. Da mesma maneira que o ensinamento de Jesus desafiou os líderes religiosos de sua época, a palavra dele exige mudanças radicais por parte dos líderes de muitas igrejas hoje. Não podemos forçar ninguém a mudar, mas podemos e devemos avisar sobre o perigo de seguir a sabedoria humana (leia Provérbios 14:12; Isaías 55:6-9; Jeremias 10:23; Ezequiel 3:18-21). Eu sei, de antemão, que este estudo vai contrariar os ensinamentos e as práticas de muitos pastores e de muitas igrejas. Mas, eu não posso servir a Deus e agradar a todos os homens (Gálatas 1:10). Apresento este artigo depois de anos de estudo e oração, com o único propósito de divulgar e defender a palavra pura do Deus santo. Peço que você aborde o assunto com mansidão e o desejo de aprender a aplicar a palavra do Senhor. "Portanto, despojando_vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma. Tornai_vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando_vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha_se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem_aventurado no que realizar" (Tiago 1:21-25).

Pastores/anciãos no Velho Testamento

Sabemos que o Novo Testamento, o evangelho de Cristo, fornece o padrão para a igreja de hoje (veja João 12:48-50; Hebreus 8:6-13; 2 João 9; Colossenses 3:17). Mas o Antigo Testamento contém exemplos instrutivos que ajudam para entender a vontade de Deus (1 Coríntios 10:1-13; Romanos 15:4). No Velho Testamento, encontramos líderes entre o povo de Israel chamados, às vezes, anciãos (o sentido da palavra presbítero no Novo Testamento). Os anciãos das cidades israelitas resolveram problemas que surgiram entre as pessoas (Deuteronômio 21:2,19; 22:15-17; Rute 4:1-11). Quando não conduziram o povo no caminho de Deus, ele cobrou: "O Senhor entra em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes. Vós sois os que consumistes esta vinha; o que roubastes do pobre está em vossa casa. Que há convosco que esmagais o meu povo e moeis a face dos pobres? —diz o Senhor, o Senhor dos Exércitos" (Isaías 3:14-15). Deus condenou os pastores gananciosos que não compreenderam a vontade dele e conduziram o povo ao pecado (Isaías 56:9-12). Jeremias transmitiu as palavras do Senhor sobre pastores maus: "Porque os pastores se tornaram estúpidos e não buscaram ao Senhor; por isso, não prosperaram, e todos os seus rebanhos se acham dispersos" (Jeremias 10:21). "Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! —diz o Senhor. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade das vossas ações, diz o Senhor" (Jeremias 23:1-2).

Pastores nas igrejas do Novo Testamento

No Novo Testamento, encontramos muitas referências aos pastores/presbíteros/ bispos. Descobrimos em Atos 20:17 e 28 que esses três termos se referem aos mesmos homens (veja, também, 1 Pedro 5:1-2, onde os presbíteros pastoreiam). Não temos nenhuma base bíblica para usar o termo "bispo" para descrever um cargo, "pastor" para outro e "presbítero" para ainda outro. Pastores, bispos e presbíteros são os mesmos servos. Lendo o livro de Atos, achamos vários versículos que mencionam presbíteros: na Judéia (11:30); em cada igreja na Ásia Menor (14:23); em Jerusalém (15:2,4,6,22,23; 16:4); da igreja em Éfeso (20:17,28) e, mais uma vez, em Jerusalém (21:18). As epístolas, também, se referem aos homens que pastoreavam as igrejas: "pastores e mestres" (Efésios 4:11); "bispos" em Filipos (Filipenses 1:1); "o presbitério" (1 Timóteo 4:14); "presbíteros que há entre vós" (1 Pedro 5:1; aqui aprendemos que Pedro era presbítero, um dos dois apóstolos assim identificados—veja 2 João 1 e 3 João 1).

O trabalho dos presbíteros inclui várias funções importantes: pastorear (Atos 20:28; 1 Pedro 5:2); ensinar (Efésios 4:11-16; Tito 1:9); ser modelos (1 Pedro 5:3); presidir (1 Timóteo 5:17); vigiar (Atos 20:31); velar por almas (Hebreus 13:17); guiar (Hebreus 13:17); cuidar/governar (1 Timóteo 3:5); ser despenseiro de Deus (Tito 1:7); exortar (Tito 1:9); calar os enganadores (Tito 1:9-11); etc.

Observamos em todos os exemplos bíblicos que as igrejas que tinham presbíteros sempre tinham mais de um. Seja em Jerusalém, Éfeso, Filipos ou outro lugar, sempre fala dos presbíteros no plural. A prática comum nas igrejas de hoje, de ter um só pastor numa congregação, não tem nenhum fundamento bíblico.

As qualificações bíblicas de pastores/presbíteros/bispos

Paulo cita as qualificações dos bispos/presbíteros em duas cartas (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). A linguagem dele deixa bem claro que ele não está dando meras sugestões, e sim requerimentos. Em 1 Timóteo 3:2 ele diz: "É necessário, portanto, que o bispo seja...." Tito 1:7 diz: "Porque é indispensável que o bispo seja...." Antes de examinar as qualificações em si, vamos entender bem esse ponto. Os requerimentos que encontramos nesses dois trechos são qualidades que o Espírito Santo revelou, através de Paulo, como exigências. Para servir como presbítero, um homem precisa de todas essas qualidades. Ninguém tem direito de apagar nenhum "i" ou "til" do que Deus falou aqui.

Agora, vamos ler o que o Espírito falou nessas duas listas paralelas (bem semelhantes, mas não exatamente iguais).

"Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo" (1 Timóteo 3:1-7).

"Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância; antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem" (Tito 1:5-9).

Leia esses trechos com bastante atenção. Os pastores na sua igreja têm todas essas qualificações? São homens? Casados? Pais de famílias? Com filhos crentes? Conhecedores da palavra? Hospitaleiros? Respeitados por todos? Irrepreensíveis? Professores capazes? Amigos do bem? Têm todas as outras qualidades citadas aqui? Homens com todas essas qualificações são uma grande bênção ao povo de Deus, e serão extremamente úteis nas igrejas locais onde servem como presbíteros. Mas, pessoas que não têm essas qualificações não são autorizadas por Deus a serem pastores. A igreja que escolhe pessoas não-qualificadas como bispos está desrespeitando a palavra de Deus. Pessoas não-qualificadas que aceitam o cargo de pastor estão agindo contra o Supremo Pastor. Presbíteros não-qualificados que continuam nesse papel estão violando a palavra de Deus.

É notável que essas passagens não falam nada sobre escolaridade, cursos superiores, cursos de teologia, diplomas, certificados de seminários, etc. Muitas igrejas têm colocado tais coisas como seus próprios requerimentos, deixando de lado as exigências de Deus.

Desafios atuais

Não é possível, num pequeno artigo como este, elaborar um estudo completo sobre pastores. O propósito deste artigo é desafiar cada leitor a estudar mais, procurando entender bem o que Deus revelou sobre liderança na igreja. Mas, não é o bastante ouvir a palavra. Tem que praticá-la (Tiago 1:22-25). Se você, ou a igreja onde você congrega, esteja agindo de forma errada, há uma solução só: arrepender-se e começar a obedecer ao Senhor. Pastores não-qualificados devem renunciar ou serem removidos do cargo, para não trazer a ira de Deus sobre a igreja. E se sua igreja insiste em manter pastor(es) não aprovado(s) de Deus, você terá que escolher entre Deus e os homens (Mateus 15:9; Josué 24:15). Tal igreja está desordenada (Tito 1:5) e não procede como deve (1 Timóteo 3:15). Igrejas que ainda não têm presbíteros devem encorajar todos os homens a se desenvolverem espiritualmente para serem qualificados, se possível, no futuro.

É bem provável que alguns leitores, especialmente os que fazem parte da liderança de algumas denominações, não gostarão deste artigo. Não aceite nada que vem de mim ou de qualquer outro homem; mas não rejeite nada que vem de Deus. "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" (Gálatas 1:10).

(Transcrito)


Em Cristo,
Helena

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Aparente Paradoxo: Pela Fé ou pelas Obras?




No Novo Testamento há inúmeros "paradoxos aparentes" – ensinamentos dados por Deus que aparentemente se chocam com outros ensinamentos também dados por Deus. Um exemplo disto é que Paulo ensina em Gálatas 3:6 que "Abraão creu em Deus, e isto lhe foi imputado para justiça" (cf. Gálatas 3:1-5; Romanos 4:2) enquanto Tiago diz, em Tiago 2:21, "Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque?"

Afinal de contas, como Abraão foi salvo? Ou ainda, como qualquer pessoa pode ser salva? Por fé ou por obras? A alternativa que muitas pessoas escolhem diante de desafios como este é ficar apenas com uma parte do ensinamento, geralmente aquele que representa menor dificuldade para praticar. Neste caso, muitos têm defendido que basta um ato de pura fé, sem obra alguma, para uma pessoa ser salva. E o único problema desta idéia é que faz de Tiago – e do Espírito Santo (cf. Efésios 3:5-6; 1 Pedro 1:12) – mentirosos.

Como fazer, então, para conciliar dois ensinos aparentemente contraditórios? Em primeiro lugar, devemos investigar o contexto do que cada um está dizendo. E, depois, temos que analisar os dois ensinamentos e pensar uma forma como os dois podem, ao mesmo tempo, estar dizendo a verdade (já que temos crido que é o mesmo Espírito que revelou ambos os ensinamentos).

Neste caso, é fácil perceber que Paulo e Tiago estão dizendo a mesma coisa, embora com ênfases diferentes. Para Paulo, a questão é que Abraão não teve uma vida sem desvios a ponto de conquistar a salvação. Como todos os homens, ele pecou em algum momento (Romanos 3:23; cf. 3:9-20) e não tinha as obras perfeitas. Logo, ele foi salvo pela fé! Para Tiago, a questão é que foram as obras de Abraão – em especial o quase-sacrifício de Isaque – que provaram a sua obediência até o fim, demonstrando que sua fé era viva. Desta forma, Abraão foi salvo pelas obras! Tiago (e Paulo também – veja Romanos 6:2; Gálatas 5:21b) ensina que a fé sem obras é morta e pessoas que vivem assim não serão salvas.

Não está, por acaso, no âmago da confissão da fé de um convertido o confessar Jesus como Senhor (Romanos 10:9)? E se dissemos que Jesus é Senhor, não quer dizer que somos escravos, para praticar obras de obediência? Devemos escolher entre a confissão sem as obras (Lucas 6:46), somente pela fé (Tiago 2:19) ou a obediência de coração ao ensino do Senhor (Romanos 6:17), certos de que cada um de nós comparecerá perante o tribunal de Cristo para sermos julgados de acordo com nossas obras (2 Coríntios 5:10).

(Transcrito)


Em Cristo,
Helena

Para que serviu o batismo de João?




O homem escolhido por Deus para anunciar a chegada do Messias teve uma carreira de pouca duração, mas de grande impacto. João Batista pregou uma mensagem de arrependimento e da vinda do reino dos céus (Mateus 3:2). Dois mil anos depois, leitores da Bíblia ainda lutam para compreender o papel do batismo que João pregava. Para que serviu este batismo? Vamos observar alguns fatos relatados nas Escrituras.

João pregou "batismo de arrependimento para remissão de pecados" (Marcos 1:4; cf. Lucas 3:3) e realizava estas imersões nas águas do rio Jordão (Marcos 1:5; cf. João 1:28; 3:23).

À primeira vista, o batismo de João parece igual ao batismo ensinado e praticado pelos discípulos de Cristo a partir do dia de Pentecostes. Conforme Jesus mandou (Mateus 28:19; Marcos 16:16), eles pregavam o arrependimento e o batismo para a remissão dos pecados (Atos 2:38; 10:48; 22:16).

Mas alguns acontecimentos em Éfeso mostram uma diferença. Quando Apolo pregou sobre Jesus "conhecendo apenas o batismo de João", Áquila e Priscila esclareceram este ponto (Atos 18:24-26). Logo depois, Paulo ensinou algumas pessoas na mesma cidade – provavelmente pessoas que foram batizadas por causa do ensinamento anterior de Apolo – que precisavam ser batizadas novamente pela autorização do Senhor Jesus (Atos 19:1-7). Depois da morte de Jesus e a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes, o batismo de João não tinha mais validade.

Estes fatos nos lembram da importância do único sacrifício eficaz feito por Jesus Cristo. Qualquer "perdão" oferecido antes da morte de Jesus – seja pelo batismo de João ou pelo sacrifício de animais – foi condicionado na morte sacrificial de Jesus. A mesma linguagem usada para falar do batismo de João foi usada referente aos sacrifícios de animais (Levítico 4:26,35; 5:13,16,18; 6:7; etc.). Mas aprendemos depois que estes sacrifícios não removiam os pecados do povo (Hebreus 10:4,11). A eficácia verdadeira dos sacrifícios dependia do sangue de Jesus que seria oferecido na cruz (Hebreus 9:15). Da mesma forma, o batismo de João olhava para o futuro, para o sacrifício que Jesus faria na cruz poucos anos depois.

Uma vez que Jesus morreu pelos nossos pecados, nem o sangue de animais nem o batismo de João servem para alcançar o perdão. Recebemos o benefício da morte do Testador quando obedecemos às instruções do seu Testamento: "Quem crer e for batizado será salvo" (Marcos 16:16).

(Transcrito)


Em Cristo
Helena

Todas as pessoas que recebem o dom prometido em Atos 2:38 realizam milagres?




Tanto na fala do dia a dia como no estudo da Bíblia, entendemos que uma palavra pode ser usada em sentidos diferentes. É sempre importante considerar o contexto para perceber estas diferenças. Por exemplo, a palavra “pão” pode significar literalmente um alimento feito de cereais (João 6:7), assim como pode representar Jesus Cristo e sua natureza (João 6:33).

Da mesma maneira, a palavra “dom” é usada com significados diferentes em vários textos do Novo Testamento. Em 1 Coríntios 12, “dons espirituais” são capacidades miraculosas que o Espírito deu para algumas pessoas. Uma outra lista de dons inclui habilidades que não exigem uma manifestação milagrosa (Romanos 12:5-8).

Alguns, por não considerar o significado destas palavras em cada contexto, usam Atos 2:38-39 para ensinar que todas as pessoas batizadas para a remissão dos pecados devem receber o batismo com o Espírito Santo, ou, ainda, que devem receber dons milagrosos como línguas, profecias, curas, etc. O texto diz: “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.”

Consideremos alguns fatos:

1) Conforme a promessa de Atos 2:38-39, quase 3.000 pessoas receberam este dom do Espírito Santo no dia de Pentecostes, mas não há registro destas pessoas falarem em línguas ou realizarem sinais e milagres. Pelo contrário, durante algum tempo depois de Pentecostes, as únicas pessoas que realizaram milagres foram os apóstolos (Atos 2:43; 5:12).

2) Nem neste texto, nem em outro, encontramos uma promessa de dons milagrosos para todos os convertidos.

3) Algumas pessoas, no primeiro século, receberam poder para falar em línguas ou realizar outros milagres pelo batismo com o Espírito Santo, mas este batismo não foi prometido nem dado a todos os crentes (veja Atos 1:1-5; 2:1-14; 10:44-46; 11:15-16).

4) Outras pessoas receberam dons milagrosos pela imposição das mãos dos apóstolos (Atos 6:5-8; 8:6,17-18; 19:6).

5) Já no primeiro século, a função dos dons estava ligada principalmente ao trabalho dos apóstolos de revelar a palavra de Jesus (Hebreus 2:3-4; 2 Coríntios 12:12; Marcos 16:20).

Todas as pessoas batizadas para a remissão dos pecados recebem o dom do Espírito e ele passa a habitar nelas (1 Coríntios 6:19). Devemos confiar nesta promessa divina sem a necessidade de qualquer manifestação milagrosa.

(Transcrito)


Em Cristo,
Helena

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Bíblia






A Bíblia está CHEIA de erros:

· Primeiro erro foi quando Eva duvidou da Palavra de Deus;
· Segundo erro aconteceu quando seu esposo fez o mesmo;
· e assim erros e mais erros ainda estão sendo cometidos... porque as pessoas insistem em duvidar da Palavra de Deus.

A Bíblia está CHEIA de contradições:

· Ela contradiz o orgulho e o preconceito;
· Ela contradiz a lascívia e a desobediência;
· Ela contradiz o meu pecado e o seu.

A Bíblia está CHEIA de falhas:

· Porque Ela é o relato de pessoas que falharam muitas vezes ;
· Assim foi com a falha de Adão;
· com a falha de Caim;
· e a de Moisés;
· bem como a falha de Davi e a de muitos outros que também falharam.
· Mas Ela é também o relato do amor infalível de Deus.

Deus NÃO ESCREVEU a Bíblia:

· Para pessoas que querem jogar com as palavras;
· Para aqueles que gostam de examinar o que é bom mas sem fazê-lo;
· Para o homem que não acredita porque não quer.

O homem moderno DESCARTOU os ensinamentos da Bíblia:

· Pelas mesmas razões que outros homens tem descartado através da história, por grande ignorância a sua verdadeira mensagem e conteúdo;
· Intransigente apatia em recusar considerar suas declarações;
· Bem conhecidos pseudo-cientistas posando de críticos honestos;
· Convicção secreta de que este Livro está certo e de que os homens estão errados.

Somente uma pessoa PRECONCEITUOSA acreditaria que:

· Os ensinamentos Bíblicos são passados e irracionais, sendo princípios arcaicos e sem propósito;
· A Bíblia está cheia de discrepâncias e afirmações inaceitáveis;
· Ela só poderia ser trabalho irrelevante e não inspirado de meros homens.

A Bíblia é , afinal, somente mais um LIVRO RELIGIOSO:

· Para milhares que não se arriscam serem honestos consigo mesmos e com Deus;
· Para aqueles que tem medo de aceitar o desafio do próprio Deus a um exame honesto;
· Para aqueles que não querem examiná-la a fundo porque Ela diz verdadeiramente como os homens são.

E você não pode ENTENDER ou CONFIAR no que a Bíblia diz:

· A menos que você esteja disposto a considerar as evidências e encarar face a face o personagem principal e AUTOR.

DEUS !!!


(Transcrito)


Em Cristo,
Helena Costa

terça-feira, 19 de julho de 2011

Igrejas do Pão e Circo

É o preço deste tempo: o que entra na rede, se multiplica em velocidade exponencial. Assim como os devaneios das “Igrejas Pão e Circo”, que se multiplicam em velocidade alarmante.

Creio que você já deve ter ouvido alguma vez a expressão “Pão e Circo” em sua vida, correto?

Vou contar brevemente o motivo de tal expressão. Nos dias da Roma antiga praticava-se a política “panem et circenses” (política do pão e circo), já que devido a fatores socioeconômicos, houve um considerável êxodo dos moradores das regiões rurais em direção a Roma. Sem emprego e sem ter o que comer, a multidão se tornava um perigo crescente para ordem social, levando o império a tomar uma decisão que entorpeceria o povo, fazendo-os esquecer da realidade e maquiando a verdade onde estavam inseridos. Manobra de manipulação em massa.

Tudo muito simples: de modo constante ocorriam lutas envolvendo gladiadores nos estádios, sendo o Coliseu o mais conhecido de todos. Durante as lutas o povo era “gentilmente” alimentado. Enquanto se divertiam com o show de horrores e se alimentavam de modo precário, a multidão ficava “domada”. Mesmo estando mal alimentado e podendo curtir um entretenimento raso, o povo se contentava e não haveria preocupações relacionadas à massa para que os poderosos viessem a ter incômodos.

Vindo para nossa proposta, temos como fato que nossos dias têm sido marcados por agito eclesiástico. Onde olhamos é possível constatar gente que anda “em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente” (Ef 4.14).

Vi recentemente coisas que – infelizmente – não chocam mais. Ilustrações trágicas travestidas de mensagem do Evangelho, mas que são vazias do mesmo. “Pastores” utilizando poço e lama para ilustrar e infectar seus seguidores com a nefasta Teologia da Prosperidade e similares; outros da ala dos “revoltados” com a vida utilizando crianças para expor suas teorias mercantilistas mirabolantes; igreja emprestando o altar para que o sósia de um apresentador faça micagens; a infestação da Teologia Relacional (Teísmo Aberto), com seus “pensadores” liberais e moderninhos, e por aí vai. A lista é grande, e você sabe bem disso, não é preciso repetir.

De modo claro e direto, tais demonstrações nada mais são que “pão e circo”. Todo mundo se diverte com o show de horrores com jeitinho de Evangelho, “come” um pãozinho aqui e acolá, volta para sua casa e se engana achando que está alimentado com pão genuíno. Seja sincero: você acredita que tais práticas correspondem ao Evangelho e a missão da Igreja no mundo? Se você acha que sim, peço que calque biblicamente sua resposta, já que as Escrituras quase não são utilizadas nos Coliseus eclesiásticos, e quando são, é de modo pervertido e desconexo.

Mas não vamos gastar mais linhas falando sobre o problema. A proposta é falar mais sobre o que acredito – biblicamente – ser um caminho de solução. Lendo muito sobre o assunto, vendo a prática de muitos pastores e professores, de pessoas não presas a métodos e a números, mas sim enveredadas na senda da qualidade eclesiástica.

O que fazer para melhorar um pouco este cenário?

Fato é que os líderes que apregoam o “Pão e Circo” dificilmente mudarão a sua práxis. O foco deste texto é tentar alcançar aqueles que estão seduzidos pelo erro e vacinar os que não têm contato com as modinhas, bem como reforçar e incentivar os cristãos a permanecerem na Verdade.
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COISAS SIMPLES E FUNCIONAIS

Exposição bíblica / pregação expositiva: Você já teve a oportunidade de receber alimento sólido através de uma exposição bíblica?

Os púlpitos estão cada vez mais carentes da exposição da Verdade. É chocante ver que dia-a-dia nossos pastores estão se transformando em animadores de plateia e terapeutas se distanciando da genuína vocação. Nesta via de mão dupla, a plateia anseia pelo espetáculo e quer a todo custo ouvir o que agrada, enquanto aquele que deveria expor a Verdade a todo custo, acaba cedendo a vontade dos seguidores.

Se uma mãe alimenta o filho apenas de batata frita, por mais que o filho ame tal comida, o deixará doente, desnutrido e obeso. E a analogia bate com a saúde do povo evangélico. Um povo carente de alimento sólido e obeso de teorias e filosofias humanas de sucesso e prosperidade.
Mark Dever é um pastor que pensa assim. Veja sua opinião:
Se alguém me procura e pergunta se deveria aceitar o pastorado de uma igreja que não deseja que ele pregue de maneira expositiva, talvez eu o desestimulasse a aceitar essa posição. Se um cristão me procura e diz que um falso evangelho é ensinado consistentemente no púlpito de sua igreja, provavelmente eu o encorajaria a mudar de igreja. 
Por que digo isso com tanta firmeza? Pela mesma razão que desestimularia alguém de ir a um restaurante onde não servem alimentos, mas somente figuras de alimentos. A Palavra de Deus, somente a Palavra de Deus, dá vida! [1]
De fato, existem métodos variados de pregação: pregação em tópicos, pregação biográfica, pregação histórica, etc. Porém a pregação expositiva é a que provem o sólido alimento pelo fato de expor a Palavra de DeusExpor as Escrituras demonstra submissão total ao Deus da Palavra. Como é maravilho mergulhar num determinado texto, absorver seu conteúdo contextual e poder absorver o ensino e aplicar na própria vida! Não há preço que pague tamanha refeição.

Minha esperança é que o pastor que leia este ensaio se desperte para a pregação expositiva. Desta forma a autoridade da pregação sempre começa e termina na Escritura. Sempre! Não devemos nos enganar, igrejas cujo eixo não é a Palavra (existem igrejas onde o louvor é o centro do culto, ledo engano) tendem a superficialidade. Antes que os “levitas” [2] me apedrejem, reafirmo a necessidade do louvor, porém a Palavra de Deus é o foco do culto. A igreja não deve estar edificada sobre a música, mas sobre a Palavra.

E vou além: nossas canções precisam de base bíblica profunda. É duro constatar um sermão profundamente bíblico e expositivo, porém regado a canções centradas no homem para que ele se sinta bem, prosperando “para direita, para esquerda” e por aí vai.
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Bíblia, maravilhosa Bíblia

A teologia bíblica é o norte que nos garante o caminho certo. Quando se desvirtua a centralidade da Palavra, tende-se a migrar para caminhos ermos. Tende-se a correr atrás de um horizonte utópico, como certo pensador falou acerca de algo profundamente bíblico e absolutamente verdadeiro.
Em nossos dias, onde a pseudoteologia dos neopensadores tenta a todo custo derrubar a teologia, falar em sã doutrina é visto como insanidade, intolerância, pensamento na caixinha.

Quero incentivar o leitor a ir um pouco além. O cristão de nossos dias não se sente motivado a estudar sobre doutrinas centrais da fé cristã. O ambiente é tão hostil, tão modificado, que soa estranho (e sinceramente, as vezes me sinto um dinossauro) quando incentivo alunos e leitores ao estudo sistemático das Escrituras e ao estudo – ao menos superficial – de matérias teológicas.
Aquilo que até pouco tempo atrás era fundamental e verdadeiro, foi travestido de pensamento bitolado pelos dirigentes dos Coliseus eclesiásticos. E viva a farra do “pão e circo”.

A Bíblia é incisiva ao alertar que o ensino correto deve ser aplicado na igreja. Não fui eu que inventei isso, mas é alerta da Palavra. Tomemos por exemplo a exaustiva insistência de Paulo para Timóteo e Tito (leia as cartas, são curtas e profundas). A insistência de Paulo na questão doutrinária é impressionante, um verdadeiro megafone para a igreja de hoje.

A pregação expositiva, em aliança com a teologia bíblica, fará toda a diferença. Deixo as palavras sábias de um mestre nas Escrituras, Lawrence Richards, que de certo modo é uma bela aplicação sobre tudo que foi dito até aqui:
1) Conhecer a verdade , estar comprometido com a sã doutrina, precisa nos levar à santidade de vida, ao autocontrole, à reverência etc.; 
2) Não se espera somente que a verdade tenha um grande impacto sobre a nossa vida, mas que a vida esteja em harmonia com a verdade. Nossas boas obras precisam refletir nossas crenças; 
3) É a verdade que produz o estilo de vida marcado pela santidade, e não o contrário. Ser uma “boa pessoa” não leva o indivíduo à verdade. Mas ela, aceita e aplicada, produz a santidade em nós. [3]
Não seja apenas um “revoltado com o sistema”. Precisamos ser mais práticos neste momento e tentar melhorar o quadro, ao menos com alertas na neblina. É nosso dever.

Oremos pela igreja para que os pastores se voltem para as Escrituras e para que nossos irmãos em Cristo busquem esse compromisso. Ainda há esperança.
Pão e circo, não. Pão da vida, sim (Jo 6.35).

(Por João Rodrigo Weronka)


Em Cristo,
Helena

sábado, 18 de junho de 2011

Casamento e Amor



Não creio ser necessário usar nenhum tipo mais de palavras, pois podemos perceber que a Aliança do Casamento entre um homem e uma mulher tipifica a Aliança que CRISTO tem com Sua Igreja! JESUS nunca se separou de Sua Igreja, apesar de todos os adultérios e infidelidades da mesma... O Casamento não é um tipo de relacionamento firmado unicamente e basicamente nos sentimentos, se assim o fosse, estaria realmente fadado a extinção, mas ao contrário do que dizem por ai, o casamento não é, nunca foi e jamais será uma instituição falida, simplesmente porque o casamento é uma instituição idealizada e projetada pelo próprio Deus e Deus nunca jamais teve, tem ou terá uma idéia que não dá certo.

Aos que estão nessa triste situação de divórcio, melhor pararem e voltarem, recomeçando a Aliança que ainda existe, para Deus é assim. 


Para os que pensam em se divorciar, risquem tal palavra de seu vocabulário para sempre, divórcio nunca jamais deve ser uma opção. 


E finalmente para os que vão se casar, jovens que escolherão seu cônjuge para TODA a vida e pela primeira e única vez, busquem no Senhor, as diretrizes para fazerem a escolha certa, e jamais, em nenhuma hipótese devem aceitar a simples possibilidade de que a maldição do divórcio permeie vossos pensamentos.

Na Palavra de Deus existe uma ordenança divina e não um pedido: "Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela..." (Efésios 5:25) - Jesus Cristo nunca se divorciou da Sua Igreja, muito pelo contrário, Ele sempre a perdoou e a trouxe de volta para Si mesmo! Já imaginou se Jesus Cristo se divorciasse de algum de nós pelos erros, pelas "trocas", pelos pecados, especialmente os ocultos, que já praticamos contra Ele??? Misericórdia!

Não resta questionamentos e nem argumentos para um verdadeiro cristão que tem prazer em obedecer ao seu Senhor.

Em Cristo,
Helena Costa



domingo, 22 de maio de 2011

A vitória da Perversidade e Crueldade sobre o Brasil

No último dia, 05/05/2011 o Supremo Tribunal reconheceu por unanimidade a união entre homossexuais. Essa reivindicação era antiga, mas ganhou força devido ao apoio maciço, das diversas mídias, dos formadores de opinião e do governo. Este governo injetou dinheiro publico nesse segmento social, sem consultar os contribuintes, haja vista, ter sido o primeiro país no mundo a patrocinar uma parada gay. O atual governo vem tentando impor, através da educação pública, a aceitação tácita do homossexualismo, com a desculpa que precisa acabar com discriminação sexual. Entra em áreas que pertencem às famílias. Ensinar o certo e o errado é dever dos pais e o estado, no máximo, corrige os desvios. O STF legaliza a união da perversidade com a crueldade. Perverso porque legaliza a imoralidade de muitos dentre poucos, ou seja, 2% da população. Dá direitos a uma minoria que tem como fundamento somente o desejo e nunca uma constituição. Desejos particulares, não se legalizam, mas se limitam. Homossexualidade é desejo de contato físico com outro do mesmo sexo, coisa que deve ser praticada dentro de quatro paredes e nunca resguardada por leis. Nas palavras do Rev. Wayne Perriman “O ato sexual é meramente um ato físico que é na maior parte das vezes expresso na privacidade do lar. Portanto, esse ato não deve ficar sob a proteção de leis de direitos civis. Seu devido lugar de proteção são as leis de privacidade, não leis de direitos civis. As leis deveriam ser criadas para desestimular condutas criminosas, não apoiar condutas sexuais privadas”. Se assim não for, necessário se faz criar leis que privilegiem pedófilos, tarados etc., pois, são desejos do mesmo jeito. A união de centenas de pedófilos somente aumenta a pedofilia, nunca a limita. Dizer que o amor foi valorizado e respeitado com esta aprovação do STF é no mínimo infantil. Amor não é sexo e sexo não é amor. Amor, na maioria das vezes não é expresso através de sexo. Pais amam seus filhos, mas não mantêm relações sexuais com eles. Soldados morrem por seus companheiros, mas não têm relações sexuais com os mesmos.

Crueldade porque encarcerará milhares de seres humanos que poderiam lutar contra esses desejos e agora são desestimulados porque gozam da proteção do estado. Temos a triste tendência de achar que aquilo que é legal é moral. Crueldade porque impinge sobre a sociedade um comportamento que a maioria esmagadora não aceita e nem deseja. Usou-se de um subterfúgio para se aprovar uma lei que deveria ter sido discutida publicamente porque implica em usos e costumes. Nao é uso e costume da maioria a prática homossexual. Não se usa lei para impor comportamento de minorias. Vale a máxima: “A necessidade de poucos não pode prevalecer sobre a de muitos”. Todo ser humano independentemente de sua opção sexual deve ser respeitado e amado, mas não implica em concordância plena com tudo o que é praticado.
A sensação que tive, em meu espírito, é que o país mergulha em uma noite de densas trevas. Pareceu-me que um manto negro foi colocado sobre o país. Noite que não passará rapidamente. Minha percepção é que a sociedade ficou enfraquecida em sua fibra moral e que muitos se sentirão impotentes e desestimulados para continuar.

A igreja no Brasil sofre um duro golpe que será difícil de ser absorvido. Vejo-a no corner da vida tentando se reabilitar, cambaleante e atordoada buscando ar para respirar como em uma luta de boxe. Foi-lhe dada oportunidade de fazer valer os princípios de Deus para o homem, mas ela sucumbiu aos apelos de Mamon, da imoralidade e por fim se vendeu ao mundo. Descaracterizou-se completamente fazendo-se parecer com o mundo e agora não tem forças para mudar e não encontra motivos para voltar. Creio que ela foi longe demais e colherá com lágrimas os frutos dessa lassidão. Sua mensagem tem se tornado em irrelevância e seu valor seriamente questionado. Trancafiou-se dentro de suas paredes, achando que somente a adoração era a resposta às grandes questões da vida. Esqueceu-se de anunciar o puro evangelho transformador. Esqueceu-se da humildade e aceitou as honras do mundo e os prêmios dos tolos. Gerou pequenos monstros gospel, chamados de adoradores, levitas, paipóstolos, patriarcas, barbies e kens gospel etc. que comercializam o sagrado, deturpam o evangelho e recebem toda glória que não lhes é devida. Entrou em um sono letárgico e acreditando que sonhava os sonhos de Deus e em seu estupor não percebeu que vivia um grande pesadelo. Creio que ainda não acordou para a grande calamidade que dinamitou suas portas e adentrou em sua intimidade. Agora desnuda acordará em meio a esta noite e tateando tentará encontrar ponto de apoio.

Percebo o mundo espiritual em reboliço e ao mesmo tempo a igreja inócua e indiferente a tudo isso. Por sermos mais de quarenta milhões de evangélicos no país o percentual que levantou a bandeira de alerta foi ínfimo. Quem detinha o poder da mídia se omitiu vergonhosamente. Em nome de uma neutralidade idiotia deixou de cumprir seu papel profético em tempos de angústia. Colocar tranca na porta neste momento é inócuo. Resta-nos o sabor da derrota neste round. Resta-nos a triste constatação que falhamos. Restam-nos o choro e o arrependimento. Tomará que isso ocorra em tempo oportuno.


Ainda vale a Palavra de Deus expressa em II Crônicas 7:14 “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”.







Quem o Senhor tenha misericórdia de nós. (Transcrito)



Em Cristo,
Helena