quinta-feira, 19 de abril de 2012

Pastorado feminino tem base bíblica?

Segue abaixo um vídeo esclarecedor sobre o assunto do título deste post, para os cristãos que ainda teimam em enxergar além do que a Palavra nos mostra.

E a minha oração é para que o Senhor Deus retire, através desta explanação, as vendas dos olhos de tantos que teimam em ir de encontro as verdades bíblicas.


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Em Cristo,
Helena


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sensibilidade à visão de Deus



- Estamos diante de um texto engraçado e ao mesmo tempo bem aplicativo a todos nós. É o relato sobre um profeta de nome Balaão que se deparou com um interlocutor nada convencional: uma mula. Na realidade, ele foi confrontado por Deus por ele ter se mostrado arredio à visão de Deus para a sua vida.

- Balaque, rei dos moabitas havia contratado Balaão para amaldiçoar o povo de Deus, Israel que vagueava no deserto. Na realidade, Balaque temia muito aquele povo: (vv. 5,6)

- Balaão recebe de Deus um categórico “não” pela primeira vez que foi consultado: (v. 12)

- Só tem que, a oferta financeira foi aumentada... em muito... Balaão de inicio foi bastante fiel... mas, balançado resolveu pedir pela segunda vez: (v. 20)

- Na cabeça de Balaão uma esperança: “Deus pode ter mudado de idéia...”... não consigo ver no texto algo diferente: o que estimulava o pretensioso Balaão era a fortuna que estava em jogo... (ele fez como jogador de futebol que dificilmente honra a sua palavra quando recebe uma polpuda proposta financeira no exterior).

- Daí começou a jornada de Balaão para fazer cumprir o seu contrato: “amaldiçoar a Israel”. Mas, Deus havia dado uma ordem: “faça apenas aquilo que eu lhe mandar”. Deus esperava que o religioso Balaão ficasse atento aos Seus sinais durante o caminho... mas, já estava crescendo dentro de Balaão algo que desagradara profundamente o Senhor.

- Balaão é semelhante a muita gente hoje: gente religiosa, que conhece a Deus formalmente, mas se perde por questões de desobediência a “visão de Deus”. Que visão? A dependência única e exclusiva do Senhor. Deus não quer ser para você um resolvedor de problemas, Ele quer ser o seu Dono, ter controle sobre toda a sua vida!

- Quando se perde assim a visão de Deus deve se fazer a oração de George Matheson em sua poesia: “torna-me um cativo, Senhor”: “minha vontade não é minha própria, até que a tornes Tua...”

- Eu pergunto: o que tem impedido você de ter bem clara no peito a visão de Deus para a sua vida? É certo que você tem procurado religiosamente estar com Deus... agora, você tem permitido se anular em seus próprios méritos para viver em Deus?

Para ser sensível à visão de Deus na sua vida, você precisa:

01. Perguntar a si mesmo, se a sua vida é dirigida pela vontade divina:

- Esse é um tema interessante da “teologia sistemática”. Como não podemos compreender (só palidamente) a vontade de Deus para as nossas vidas, percebemos essa distinção: a vontade revelada são os seus mandamentos ou “preceitos” para a nossa vida moral (aquilo que devemos fazer, ou o que Deus manda que façamos). Como vontade secreta entendemos os seus decretos ocultos, pelos quais Ele rege o universo e determina tudo o que irá acontecer.

- Só fazendo essa distinção podemos entender a intenção de Deus em  autorizar a ida de Balaão e depois a sua repreensão quando o profeta estava à caminho. Como vontade revelada havia a ordem de Deus para Balaão fazer aquilo que estava na mente divina. Como vontade secreta havia a determinação de que, Balaão passasse por um verdadeiro “teste de fogo”. Estava na hora da “máscara religiosa de Balaão cair”.

- Eugene H. Merril vai sugerir que “dessa vez, o Senhor outorgou a Balaão a permissão de ir a Moabe, não a fim de amaldiçoar a Israel, mas para que o Senhor pudesse mostrar-se gloriosamente através de Balaão”.

- Tenho para mim que Deus havia ordenado o profeta a ir... mas, como ele examina as motivações do coração... Ele percebeu que a cobiça estava a ocupar o coração de Balaão, daí Deus interveio...

- A carta de Pedro referindo-se aos “seguidores de Balaão” na igreja do primeiro século:

“Eles abandonaram o caminho reto e se desviaram, seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor{6}, que amou o salário da injustiça, mas em sua transgressão foi repreendido por uma jumenta, um animal mudo, que falou com voz humana e refreou a insensatez do profeta.” (II Pedro 2.15, 16)

- Na realidade, por não distinguir a vontade de Deus para a sua vida, Balaão se viu no seguinte “nó”: ele estava caminhando pelo caminho da desobediência, porque Deus não havia dito “sim, vá”... mas, sim “já que insistes, vá...”. Estranho falar isso, mas Deus por vez nos coloca em situações que eu poderia sintetizar como “por nossa própria conta e risco”.

a) É muito triste ver pessoas manipulando a vontade de Deus.

- Balaão estava encantado com tudo... ele até se levanta bem cedo, prepara-se para a viagem, estava bem acompanhado (príncipes de Moabe), mas estava desacompanhado do seu principal Parceiro, o Deus todo Poderoso! (vv. 21,22)

- Deus ficou irado quando percebeu no coração de Balaão uma motivação errada para a sua obediência. Aquele homem estava tentando manipular a Deus com os seus rituais, suas orações, suas liturgias. É o mesmo que acontece quando as pessoas tentam usar de sua adoração a Deus para depois tirar proveito próprio!

- Tenho aqui uma citação bombástica de J. C. Ryle: “Talvez você tenha pensado que se a religião de um homem está exteriormente correta, ele deve ser um dos quais Deus se agrada. Você está completamente enganado. Você está rejeitando o teor inteiro do ensino bíblico. Retidão externa sem um coração reto, não é nada mais nada menos que farisaísmo. As coisas externas do cristianismo - batismo, Ceia do Senhor, caridade, ser membro da igreja e coisas semelhantes - nunca levam a alma de qualquer homem ao céu, a menos que seu coração seja reto. O cristianismo deve existir tanto interna, quanto externamente, e é o interior que Deus fixa seu olhar.’

b) Deus sempre se faz ser entendido, de um jeito ou de outro. (vv. 23-27)

- O engraçado é que aquele sábio profeta é admoestado por um animal, que a sua própria raiz genealógica já o descredibiliza: não se pode esquecer que jumenta é a fêmea do burro!!!

- O curioso é que justamente, uma mula, animal reconhecido por sua teimosia e passividade demonstra ter mais percepção espiritual do que o super profeta da Mesopotâmia, a quem Balaque, rei de Moabe, patrocina com valores astronômicos!!!

- A jumenta é sensível à visão do anjo do Senhor (o próprio Deus) o sábio profeta não... ao homem a ignorância, ao animal a prudência... na fala da jumenta um desabafo: “por que tanta insanidade?”. Na resposta de Balaão (isso mesmo ele se animaliza) eco de um desespero subumano por ter transgredido o principio da “sensibilidade profética”.

- “Se Deus simplesmente quisesse tornar sua existência conhecida a todas as pessoas da terra, não se esconderia. Contudo, a presença direta de Deus inevitavelmente acabaria com a nossa liberdade, substituindo a fé pela visão. Deus deseja, pelo contrário, um tipo diferente de conhecimento, um conhecimento pessoal que exige compromisso daquele que busca conhecê-lO”. (Phillip Yansey)

- C. S. Lewis diz que não podia dar conselhos sobre a busca de Deus, porque nunca passou por essa experiência: “Pelo contrário, era como se Ele fosse o caçador, e eu, a caça (...) mas, não é à toa que este encontro há muito adiado aconteceu exatamente no momento em que me esforcei para obedecer à minha consciência”.

Para ser sensível à visão de Deus na sua vida, você precisa:

02. Varrer do seu coração todo espírito de cobiça materialista:

- Balaão me parece um cara em conflito... ele sabe que precisa ouvir a voz de Deus e atender ao Seu comando... mas, também ele tem o sonho de quem sabe, resolver todas as suas pendências financeiras sendo apenas um bom “profissional da religião”. (artigo “Como o Ministério Materialista Prejudica o Rebanho de Deus” por Dr. Joel. R. Beeke):

“O materialismo é perigoso porque ele é a prática da cobiça. A cobiça rege o nosso íntimo. Ela é como uma inundação que rompe os muros do nosso coração e transborda para fora de nossas vidas, naufragando em destruição. A cobiça faz com que a felicidade consista em coisas e não em pensamentos. Não deixe que dinheiro, posses e desejos carnais tornem-se mais importantes para você do que o ser útil para Deus e o Seu povo. Cada desejo irá esvaziá-lo e diminuí-lo. Ela irá azedar seu gosto pelo ministério.”

a) Uma expressão bem nítida da cobiça do homem é a auto-suficiência: (vv. 28-30)

- Quando se distancia de Deus o homem passa a viver como um irracional. Isso porque ele passa a ser escravo de suas sensações. É sabido que o homem sem Deus é alguém guiado por uma moral sem absolutos e uma ética completamente distorcida.

- Rave Zacarias vai citar Nietszche em seu “Zaratustra” para embasar sua tese de que o homem quando desbanca Deus do seu coração está à um passo da irracionalidade: “Caminhastes do verme para o homem, e dentro de vós muito ainda é verme. Outrora éreis macacos, e ainda agora o homem é mais macaco do que qualquer macaco...”

- Explicando: para Nietszche, o homem está numa encruzilhada entre ser um animal e um “super homem”, e a maioridade desse homem acontecerá quando se destruir o maior obstáculo que é o cristianismo. Isso porque para ele, a religião é uma farsa engendrada pelo medo do além: com isso, não existe inferno... mas também não existe o céu!!!

b) Deus sempre vem para confrontar o cobiçoso com a Sua espada da disciplina. (v. 31)

- Deus usa uma espada... para salientar que a desobediência a Deus tem como resultado, a morte!!! Balaão não poderia fugir do juízo de Deus sobre a sua vida. E ele chega de uma maneira vergonhosa, ele é admoestado pelo seu animal de carga.

- Balaão se desliga tão facilmente... que ele não percebe que era bastante comum ao profeta-adivinho naquele momento histórico prestar redobrada atenção ao que acontecia com os animais de transporte. “Como especialista nessa espécie de adivinhação, ele devia ter percebido que a divindade tinha uma mensagem para ele”. (Gordon J. Wenhan)

c) Uma marca de nosso tempo é a pretensão de muitos em “seguir seus próprios caminhos’: (vv. 32,33)

- Não adianta: Deus irá te dar vários sinais quando o seu “caminho de vida” não estiver de acordo com o sonho d'Ele para a sua vida. Cabe a você ficar atento... e ao invés de se martirizar pelo erro, seja obediente... pura e simplesmente, retome sua vida, mudando o caminho dentro de você, mesmo que você trilhe a mesma estrada. (vv. 34,35)

- O infeliz Balaão vivia uma espiritualidade esquizofrênica, ao passo em que ele demonstrava dependência divina, nos bastidores, “debaixo dos panos”, ele deu uma dica para derrotar os hebreus (a quem Deus mandou abençoar) conforme Números 31.16. Ele era um homem interesseiro e mal... bem pior do que a sua mula!!!

- Balaão estava a trilhar um caminho “precipitado, louco, rebelde, teimoso”. O fato é que Balaão, a despeito de suas boas intenções de nada fazer contra a vontade de Deus (apesar da grana envolvida na transação) havia caído no pecado da cobiça e da estupidez, e o seu caminho de vida optado foi o de favorecer a Balaque (o “valerioduto” da época).

- Alguns estudiosos supõem que Balaão, tendo visto o sucesso de seu programa de corrupção (Números 25), voltou a Balaque a fim de cobrar pelos seus serviços, e nessa conjuntura ele foi apanhado de surpresa na companhia dos midianitas, e acabou morto juntamente com os cinco reis vassalos (Números 31.8).

- “De um lado, bênçãos proferidas em nome de Deus. Do outro lado, conselhos de indução ao pecado. Logo, proferir palavras divinas, palavras bíblicas, não é sinal de espiritualidade. Ter trejeitos de profeta não implica em compromisso automático com Deus. Sabemos pelo texto bíblico, por exemplo, que o próprio diabo estava a citar os salmos por ocasião da tentação a Cristo no deserto. Boas palavras podem ter bons resultados, independente de quem as evidencie. Há muitos que já se apresentaram como porta-vozes de Deus, sem terem vida exemplar. De um lado são santos, do outro lado, profanos.” (Darlyson Feitosa)

John Newton transportou muitas cargas de escravos africanos trazidos à América no século 18. No mar, em uma de suas viagens, o navio enfrentou uma enorme tempestade e afundou. Newton ofereceu sua vida à Cristo, achando que iria morrer. Após ter sobrevivido, ele se converteu e começou a estudar para ser pastor. Nos últimos 43 anos de sua vida ele pregou o Evangelho em Olney e em Londres. Em 82, Newton disse: "Minha memória já quase se foi, mas eu recordo duas coisas: que eu sou um grande pecador, e que Cristo é meu grande salvador!" No túmulo de Newton, lê-se: "John Newton, uma vez um infiel e um libertino, um mercador de escravos na África, foi, pela misericórdia de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, perdoado e inspirado a pregar a mesma fé que ele tinha se esforçado muito por destruir." O seu mais famoso testemunho continua vivo, no mais famoso das centenas de hinos que escreveu: Amazing Grace! Ó Graça surpreendente...

"Como é doce o som que salvou um desaventurado como eu. 
Eu estava perdido, mas agora me achei. Fui cego, mas agora vejo.
Sua Graça ensinou meu coração temer. 
E aliviou os meus medos. 
Quão preciosa foi a revelação no primeiro momento em que eu acreditei. Através de muitos perigos, labutas e armadilhas eu já passei, esta Graça trouxe-me até aqui. E a Graça conduzir-me-á ao meu lar."

(Transcrito)


Em Cristo,
Helena

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Tudo nos é lícito, MAS NEM TUDO NOS CONVÉM



Sexta feira você toma um ônibus para o interior. Você pretende visitar parentes. É noite. Final de semana. O tráfego é intenso. Como se não bastasse, começa a chover.

O motorista do ônibus está correndo. Ele anda a 65 Km/h, depois acelera para 75. Daqui a pouco ele está correndo a 80. A chuva é intensa. Você está sentado na frente do ônibus e quase não vê a estrada. Passa cada caminhão quase batendo na lateral do ônibus!

Você começa a ficar com medo. Você fala com o motorista para ele ir um pouco mais devagar. Ele responde “Não se preocupe! Estou dentro do limite de velocidade. Nesse trecho aqui posso andar até 90!” E ele começa a acelerar até 90 por hora.

Você quer que ele corra a 90 nessas condições? Embora ele esteja dentro da lei, embora ele tenha todo direito de fazer isso, você quer que ele faça tudo que é permitido?

É sempre bom fazer valer todos os direitos que temos? É sempre bom usufruir de toda nossa liberdade?

Será que é sempre bom a gente fazer o que quiser, desde que não quebre as regras? Há muita coisa que, como Cristão, eu tenho liberdade para fazer. Mas, isto quer dizer que é o melhor?

“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam.” 1 Cor 10:23

“Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne (ou à natureza pecaminosa); ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor.” Gálatas 5:13

(Transcrito)


Em Cristo,
Helena

terça-feira, 3 de abril de 2012

Jesus fez vinho alcóolico?



Quatro Fatos introdutórios sobre o vinho:

1. A palavra vinho na Bíblia é um termo genérico.
Algumas vezes significa suco de uva e algumas vezes significa bebida alcoólica. Os versos seguintes provam que a palavra "vinho" pode significar o puro e fresco suco de uva, o fruto da vide: Gen. 40:11; De. 11:14; 2Cr. 31:5; Ne. 13:15; Pr. 3:10; Is. 16:10; 65:8; 1 Ti. 5:23.

2. O contexto irá sempre mostrar quando "vinho" se refere a bebida alcoólica.
Em tais casos, Deus discute os maus efeitos do álcool e alerta contra eles. Um exemplo poderia ser a experiência de Noé após o dilúvio em Gên. 9. No verso 21 lemos: "E bebeu do vinho e embebedou-se; e descobriu-se no meio de sua tenda." Isso claramente se refere à bebida alcoólica. Em Prov. 20:1, se fala da mesma coisa, quando nos é alertado que: "O vinho é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio." O vinho alcoólico é enganador, mas como? Na exata maneira em que as pessoas estão divulgando hoje, ao dizer que "um pouquinho só não faz mal..." Todo mundo admite que beber muito faz mal, mas isso é o óbvio! O engano está quando uma isca é jogada. E a isca é dizer: "só um pouquinho..." Quando um traficante vai aliciar um adolescente ele também diz: "só um pouquinho..." Isca! Até mesmo as empresas fabricantes de bebidas nos dizem para não dirigir e beber, mas eles insistem que "só um pouquinho não faz mal..." Todavia, isso é exatamente o que é enganoso. Quem é que sabe o quão pouco se deve beber?. Os especialistas nos dizem que cada pessoa é diferente. Só se precisa de um copo para afetar uma pessoa, enquanto que muito mais é preciso para afetar outra. A mesma pessoa vai reagir ao álcool de modo diferente dependendo da quantidade de comida que comeu, dentre outras coisas. Portanto, a idéia de que "só um pouquinho não faz mal" é enganosa e não é sábia! Prov. 23:30-31 se refere ao vinho alcoolizado porque nos diz no verso anterior que aqueles que bebem têm os ais, os pesares, as pelejas, as queixas, as feridas sem causa, os olhos vermelhos. Que descrição gráfica daqueles que se demoram no alcoolismo! Os versos 32 a 35 continuam a mesma descrição. O contexto deixa claro quando o álcool é que está sendo referido.

3. As Escrituras alertam para o perigo de se beber vinho alcoolizado.
A Bíblia é consistente com isso no Velho e no Novo Testamentos. As duas passagens previamente citadas, Prov. 20:1 e 23:29-35, são bons exemplos de alertas contra o consumo de álcool. Prov. 23:32 diz: "No fim picará como a cobra, e como o basilisco morderá." Dor e envenenamento. Por causa da diminuição da barreira moral, o verso 33 mostra que o álcool irá causar que um homem olhe com cobiça para as mulheres estranhas (toda aquela que não seja a esposa) e fale coisas perversas, ou coisas que ele não diria se estivesse sóbrio. O verso 34 prevê aquelas coisas que irão causar a morte precoce daquele que bebe álcool como: afogamentos, ou solidão, ou tonturas. É como a situação de alguém deitado em cima do topo de um mastro. No verso 35, se alerta sobre a anestesia: "espancaram-me e não me doeu"; e sobre o vício evidenciado pela dependência: "quando despertarei? aí então beberei outra vez."
Prov. 31:4-5 ensina: "Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho; nem dos príncipes o desejar bebida forte; para que bebendo, se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os afllitos." O perigo é óbvio.

A propósito, Prov. 31:6.7 nos dá o único legítimo uso do vinho alcoólico em toda a Bíblia: "Dai bebida forte ao que está prestes a perecer, e o vinho aos amargurados de espírito. Que beba e esqueça da sua pobreza, e da sua miséria não se lembre mais." Isto seria um ato de misericórdia como um anestésico para aliviar moribundos em intensa dor.  Isto todavia não seria para qualquer pessoa como se diz no verso 6: "... ao que está prestes a perecer..." É evidente que naquela época não se tinha anestésicos e medicamentos que aliviam a dor como temos hoje. No nosso tempo não precisamos nem mesmo da única exceção em toda a Bíblia para se ingerir álcool. Nós temos todo o tipo de anestésicos para aliviar a dor daqueles que estão morrendo. Naquela época, entretanto, algum tipo de álcool era o único anestésico disponível pelas pessoas, para os moribundos. O álcool, todavia, é depressivo, não um estimulante como alguns pensam. Depois de alguns goles, se fica tonto e se o caminho continuar, vem o desmaio ou até mesmo o coma alcoólico. Esta passagem, portanto, ensina que a bebida alcoólica seria apenas para a pessoa que está pronta para morrer, onde não haveria mais esperança para sua vida. Tudo que seria possível seria um alívio da dor para ajudar a que se esqueça da sua miséria. Outra passagem é Is. 5:11: "Ai dos que se levantam pela manhã, e seguem a bebedice; e continuam até à noite até que o vinho os esquente!" Obviamente isso é o álcool, pois "inflama." Por que se diz: "Ai dos que..."? O verso 12 responde: "não olham para a obra do SENHOR, nem consideram as obras de Suas mãos." Todo mundo sabe que quando alguém se entrega ao beber vinho alcoolizado, essa pessoa não vai ficar mais espiritual nem mais desejoso de aprender a Palavra de Deus. Ao contrário, isso vai causar que a pessoa ignore ao Senhor. Os versos 13-14 revelam dois outros terríveis resultados da tragédia maior de desprezar a Deus: o povo vai ser cativo (ficar escravizado por algo ou por alguém), e o Inferno vai se alargar, ou seja, essa pessoa será mais um dos milhões de condenados ao Inferno. O beber do álcool causa com que o Inferno seja alargado por receber mais uma pessoa (1Co. 6:10). Deus não deseja que ninguém vá para o Inferno, Ele deu o mais querido e precioso dos dons que Ele poderia dar para resgatar pecadores desse lugar. O Senhor Jesus disse que o Inferno foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mat. 25:41). Todavia, por causa do maligno álcool, o Inferno tem tido um alargamento. Aqui está um alerta claro contra o beber álcool, porque Deus não quer que ninguém vá para lá. Seria uma contradição muito grande, a Bíblia ensinar o "beber socialmente" e deixar que isso fosse a isca carnal e Diabólica para que levasse uma só alma preciosa a ser queimada para todo o sempre nas chamas do Inferno.  O risco é grande demais. Aqui, portanto, está um aviso claro, solene, e fatal, contra todo o tipo de bebida alcoólica!

Isso é porque Deus não quer que ninguém vá para o Inferno. Em Is. 28:7, 8 o aviso continua: "Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos pelo vinho; desencaminham-se por causa da bebida forte; andam errados na visão e tropeçam no juízo. Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos e imundícias, e não há lugar limpo." Que coisa trágica que até mesmo nos dias de Isaías, os profetas e sacerdotes estavam engajados na bebedice de vinho alcoolizado! Vemos então, que o problema de pregadores recomendando álcool não é novo. Seis séculos antes de Cristo o demônio do álcool já fincava suas raízes na religião. 

4. O processo de fazer álcool não é algo natural
Anos atrás eu tinha certeza que se eu pegasse o suco de uva e deixasse por si só sem refrigerá-lo, ele automaticamente com o tempo se tornaria em vinho alcoolizado. Há várias razões pelas quais isso não é verdade. Precisa-se muito mais do que tempo para fazer vinho. Algumas vezes pessoas tentam defender o consumo de álcool dizendo que deve ser bom, uma vez que foi Deus quem o fez. Todavia, de fato Deus não o fez. Foi o homem que aprendeu a fazer o vinho alcoolizado através do processo que ele inventou. Fazedores de vinho sabem que eles devem ter a correta proporção de água, açúcar e temperatura, para fazer vinho. Colocando suco de uva no refrigerador, vai impedir que fermente, pois a temperatura não está certa. Por outro lado, temperatura de um clima quente e tropical também impedirá a fermentação. Nos dias antigos, antes que tivéssemos refrigeração e habilidade de selar à vácuo, as pessoas aprenderam como preservar o suco de uva sem que este se tornasse em vinho alcoolizado. Muitas pessoas o ferviam até que ficava como um creme ou pastoso. Fazendo assim, se preservava por longos períodos de tempo. Quando eles queriam beber, era só adicionar água na proporção desejada e pronto, se tinha o mesmo efeito como se fosse polpa de fruta congelada de hoje.  Nos tempos Bíblicos, ao contrário do que muita gente pensa, não era necessário se beber vinho alcoolizado como uma bebida comum nas refeições. Se recomenda o livro "Bible Wines and the Laws of Fermentation," escrito por William Patton (Challenge Press, Emmaus, PA). Há mais de cem anos atrás, este pregador era o único na sua cidade que acreditava em abstinência total de álcool. Ele viu que era necessário fazer um extenso estudo para ver o que as Escrituras ensinavam a respeito. Este livro é o resultado de suas pesquisas e é o melhor que eu já li sobre o assunto. 

[Editor: Processos naturais apenas irão produzir fermentação sob certas condições muito especiais, mas esses processos, se não forem ajudados pelo homem,  produzirão rapidamente vinagre. A indústria de bebidas alcoólicas é uma atividade muito bem organizada e conduzida pelo homem] 

Agora vem a parte mais longa e importante desse estudo porque muitos que querem continuar na bebida alcoólica insistem que Jesus fez e bebeu vinho alcoólico. Vejamos:


10 Provas que Jesus nunca fez nem bebeu vinho alcoólico:

1. Por causa da Sua Santa Natureza.

 Em Heb. 7:26 lemos que o Senhor Jesus é "santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores." Sem dúvida que "Deus se manifestou em carne" (1Tim. 3:16), se tornando o Salvador-Homem. Ele poderia ser visto por qualquer pessoa e elas viam a Sua total santidade. Profanos soldados, por exemplo, que foram enviados para prendê-lO, deram a desculpa de não terem trazido-O, a de que "Nunca homem algum falou assim como este homem." (Jo. 7:46). As palavras de Jesus eram diferentes, Ele sem sombra de dúvida tinha caráter, fala e aparência santos. Por que isso é tão importante? Considere essa ilustração. A palavra "cidra" pode significar o vinho alcoólico ou simplesmente suco de uva. Suponhamos que nós vivêssemos durante os anos de 1920, durante o período da proibição de álcoolismo nos Estados Unidos (aliás um período maravilhoso de diminuição drástica da criminalidade). Suponhamos que se aproximassem duas pessoas oferecendo um gole de cidra. Uma das pessoas, o homem mais santo da cidade, fiel na casa de Deus, separado do mundo, diligente em suas orações, e sempre testemunhando a outros; o outro um vendedor de bebida alcoólica. Se ambos oferecessem um gole de sua "cidra," nós assumiríamos que o que o homem santo estava a oferecer era suco de uva e não haveria dúvida alguma sobre o que o vendedor de álcool estava se referindo. Obviamente, o caráter da pessoa influencia o que essa pessoa faz. Desde que Jesus Cristo era "santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores," nós podemos assumir seguramente que Ele não faria o aquilo que as Escrituras chamam de algo escarnecedor, enganador dos homens, algo que causa desgraças indescritíveis.


2. Por que Ele não poderia contradizer as Escrituras.

 Em Mt. 5:17-18, Cristo deixou muito claro dizendo: Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido." Portanto, Cristo não poderia ter entrado em contradição com Hab. 2:15 que diz: "Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro! Ai de ti, que adiciona à bebida o teu furor, e o embebedas para ver a sua nudez!   Certamente Jesus sabia que esse verso estava na Bíblia, pois Ele é o Autor dela! Ele não apenas era muito bem familiarzado com as Escrituras, mas como Dono e Autor, Ele sabe que acerca dEle as Escrituras foram escritas. Ele não veio para violar as Escrituras, mas para cumprí-las. Ele não poderia fazer isso se tivesse feito vinho alcoólico e se o tivesse dado ao seu próximo. Algumas pessoas tentam refutar o uso desse verso e essa conclusão clara, dizendo que a aplicação seria apenas para aquele que estava dando de beber ao seu próximo com a intenção de descobrir a nudez. O pecado seria apenas a intenção, não o beber álcool. Entretanto, mesmo que não haja essa intenção, devemos nos lembrar que quando alguém dá ao seu próximo algo que o faz bêbado, ele já está pecando e está colocando a si mesmo na mesma classe daqueles que têm a intenção: o resultado será o mesmo: a nudez.

E como as Escrituras ordenam que evitemos "toda a aparência do mal" (1Ts. 5:22), nós podemos ter a certeza de que o Senhor Jesus jamais poderia ter feito algo que o associaria com tal prática maligna descrita em Hab. 2:15. Pela mesma razão, nenhum crente deveria se envolver na venda de bebida alcoólica.


3. Porque em Lev. 10:9-11, há o mandamento de que o sacerdote de Deus não podia beber vinho nem bebida forte.

"Não bebereis vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando entrardes na tenda da congregação, para que mão morrais... para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo. E para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado..." Agora, desde que em Heb. 2:17 chama Cristo de "misericordioso e fiel sumo sacerdote,"  nós esperaríamos que ele obedecesse todas a Escritura, inclusive o que diz respeito ao seu ofício. Se Ele tivesse feito ou bebido vinho alcoólico, Ele teria desobedecido esses versos e teria se desqualificado para ensinar os filhos de Israel os estatutos do Senhor.


4. Porque, como já visto, em Prov. 31:4-5 está a proibição para reis e príncipes beberem vinho alcoólico ou qualquer outra bebida forte. Se eles o fizessem, seus julgamentos seriam  pervertidos.

Era necessário para Cristo obedecer estes versos também, pois Ele é o Príncipe da Paz (Isa. 9:6), e Rei dos reis (Apoc. 19:16). Em Mat. 27:11 Ele admitiu ser o Rei dos Judeus. Ele montou num jumentinho para cumprir Zac. 9:9, que profetizou que o rei de Israel entraria na cidade daquela maneira. Sem dúvida, desde que Ele era Rei, como tal Ele jamais poderia ter bebido vinho alcoólico, pois teria que ter obedecido Pv. 31:4-5.


 5. Porque Cristo não veio para escarnecer nem enganar as pessoas. 

Entretanto, em Prov. 20:1 lemos que o vinho alcoólico faz as duas coisas. Ao invés de escarnecer e enganar, ele veio para salvar!


6. Porque Cristo não veio para mandar as pessoas para o Inferno.

Nós já vimos que Isa. 5:11-14 ensina que o Inferno irá se alargar por causa da bebida alcoólica. Cristo não veio para mandar pessoas para o Inferno. Ouçamos Jo. 3:17: "Porque Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele."


7. Porque Cristo não veio para lançar uma pedra de tropeço perante ninguém.

Todavia, lemos em Rom. 14:21 que a pessoa que dá bebida alcoólica a outra, faz exatamente isso. "Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer coisas em que teu irmão tropeçe, ou se escandalize ou enfraqueça." Qualquer um que tenha estudado o problema do alcoolismo, aprendeu que algumas pessoas não podem lidar com nenhuma quantidade de álcool, enquanto que outras podem beber um ou dois copos "socialmente" e parar. Especialistas não sabem porque isso acontece. Várias teorias foram propostas, mas nada foi provado quanto a algo comum a todas as pessoas afetadas. Alguns dizem que é químico, outros insistem que deve ser psicológico. O fato é que nós não sabemos com certeza. Em qualquer grupo de pessoas, pode haver vários alcoólatras em potencial, caso eles comecem a beber. Que lástima, para uma pessoa, que seria um escravo em potencial, provar o primeiro gole de álcool na mesa do Senhor em uma igreja, e então prosseguir no caminho miserável do alcoolismo até o túmulo! Eu certamente não iria querer que os meus filhos provassem o primeiro gole (nem gole algum) numa reunião de família, muito menos numa igreja. Um ou mais deles poderiam ser alcoólicos em potencial. Como isso é possível, devemos considerar que algumas denominações que servem vinho alcoólico em seus cultos, também possuem casas de recuperação de alcoólatras para seus oficiantes! Todavia, podemos ficar absolutamente seguros que Cristo não veio para causar que outros tropeçassem!


8. Porque não há motivo algum para que o vinho de Caná em João 2 tenha sido alcoólico.

Muitos insistem que aquele vinho era alcoólico com base em João 2:10 que diz: "Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho."  Eles dizem que naqueles dias era comum servir o melhor vinho alcoólico no começo da festa e guardar o pior para depois, quando o paladar das pessoas já estivesse estragado pela bebedeira. Todavia o ponto é exatamente o oposto aqui! Essas pessoas podiam reconhecer com certeza, que o vinho que Jesus fez era muito melhor do que o que fora servido no início. Isso não seria possível se eles já estivessem no estado de intoxicação alcoólica! O argumento  se auto destrói. O fato é que nenhum dos dois era alcoólico, mas puro suco de uva.


9. Porque o Senhor Jesus Cristo não teria recebido glória alguma se tivesse feito pessoas bêbadas, mais bêbadas ainda!

O verso 11 é de suma importância quando declara que, por intermédio desse milagre, Jesus "manifestou a sua glória." O verso 10 indica que as pessoas já tinham bebido "bem" daquilo que estavam bebendo. Se aquilo que estavam bebendo fosse álcool, eles estariam intoxicados ou quase. Se Cristo tivesse feito vinho alcoólico, Ele teria feito gente quase bêbada em mais bêbada ou completamente bêbada! Tal feito, com certeza, jamais poderia trazer nem manifestar glória nenhuma nEle.


10. Porque fazer pessoas bêbadas mais bêbadas ainda, jamais poderia fazer com que os discípulos cressem mais fortemente nEle. 

Todavia no verso 11, lemos que como resultado do que Ele fez, transformar água em vinho, "seus discípulos creram nEle." Em Jo. 1:41, vemos que eles já criam nEle como Messias; isso entretanto, aprofundou a fé deles e uma prova de que eles não estavam errados. Será que fazer pessoas bêbadas, mais bêbadas iria inspirar tal fé? O oposto é o que aconteceria. Eles não procuravam por um Messias que distribuísse álcool de graça! Portanto, por causa da descrição desse milagre e o seu resultado, não podemos concluir outra coisa senão que esse vinho era suco de uva.

(Transcrito)

Em Cristo,
Helena

Dez motivos para o cristão não tomar bebida alcoolica



Dez Motivos de ordem bíblica, social e espiritual por que um cristão evangélico deve ser abstêmio ou por que não deve beber vinho, cerveja, cachaça, aguardente ou qualquer outro tipo de bebida alcoólica mesmo que de baixo teor alcoólico e de forma social ou moderada.

1º Motivo: Antecedentes Bíblicos.
A bebida alcoólica foi o motivo da queda de muitos servos de Deus levando-os ao fracasso na vida pessoal, familiar e ministerial. Noé depois de se embriagar com vinho portou-se de forma inconveniente, censurável e imprudentemente amaldiçoou um dos filhos (Leia Gênesis 9.20-25). Ló embriagado manteve relações sexuais com as próprias filhas (Leia Gênesis 19.29-38). Não há um único texto na Bíblia que apresente alguém como exemplo ou incentivo para o uso de bebidas embriagantes.

2º Motivo: Consagração a Deus.
Para que alguém pudesse ser consagrada para Deus ou fizesse o “voto de nazireu” era necessário que se abstivesse completamente de toda bebida forte ou embriagante demonstrando ser uma pessoa especial, consagrada e separada para o serviço a Deus (Leia Números 6.1-4).

3º Motivo: Excelência Ministerial.
Para ser sacerdote na antiga aliança o escolhido tinha que se abster de vinho e de toda bebida fermentada por toda a vida enquanto estivesse ministrando ao povo de Deus. O vinho fermentado não podia estar presente em nenhum ato de sacrifício ou de adoração a Deus. O consumo de bebida com álcool tornava o sacerdote desqualificado para ministrar diante de Deus, da família e da congregação. O ministério é coisa santa. É obra excelente. É missão nobre (Leia Levítico 10.8-11). 

4º Motivo: Carnalidade.
Conforme Provérbios 20.1 a bebida forte (aguardentes, destilados e fermentados etílicos como o vinho e a cerveja) torna aquele que bebe imprudente, insensato e inconveniente. Por trás de um gole de bebida alcoólica vem o escárnio, a ociosidade, a brincadeira indecente, a agressividade e a frieza espiritual. Os crentes em tempos de consagração e intimidade com Deus não costumam se sentir atraídos pelas rodas de bebidas. Quando isto acontece o que está acontecendo é geralmente uma crise de decadência espiritual. Bebida e sabedoria não andam no mesmo caminho. Bebedice é obra da carne e não do Espírito (Leia Gálatas 5.19-21). No céu só há lugar para os bebedores arrependidos e libertos!

5º Motivo: Decência.
Conforme Provérbios 23.29-35 aquele que bebe vinho fermentado perde o domínio próprio, a capacidade de julgar com retidão, o discernimento de valores e a postura social de decência. O vinho torna-se letal como o veneno da serpente. O seu consumidor entra na esfera das alucinações e fantasias O vício do alcoolismo está geralmente associado a outros males e pecados: violência, abandono da família, imoralidade sexual, fofoca, maledicência, palavras torpes e perda de interesse pelos valores espirituais. O vinho gera dependência e leva a pessoa a buscar bebida mais forte, por mais tempo e com mais parceiros. 

6º Motivo: Dependência.
A bebida alcoólica gera dependência química e psicológica e estabelece um processo de destruição do corpo, que no caso do crente, é o templo do Espírito Santo (Leia I Coríntios 3.16,17).

7º Motivo: Exemplo.
Sabemos que os filhos pequenos tendem a imitar os pais. Um pai ou uma mãe que bebe na presença dos filhos (ou um discipulador na presença dos discípulos) está dizendo para a criança (ou para o discípulo) pela aprendizagem do exemplo que o que ele está fazendo é moralmente correto, socialmente justificável e espiritualmente aceitável e assim procedendo tornam-se motivo de escândalo aos novos crentes e impedimento aos que poderiam ser alcançados pela pregação do Evangelho (Leia II Coríntios 6.3,4ª). Geralmente encontramos na cadeia do alcoolismo filhos de pais alcoólatras dependentes química e espiritualmente numa clara evidência que o alcoolismo estabelece também uma cadeia por ação de demônios do vício de beber.

8º Motivo: Decadência.
O vício do álcool representa uma terrível chaga de ordem social. Por mais que haja uma condescendência social para com o consumo de bebidas o seu efeito é devastador e contribui para a decadência moral e social. O alcoolismo que começa com pequenas doses no ambiente entre amigos e tidas como comportamento social normal termina se tornando uma doença terminal levando à morte milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Quantas esposas e filhos agredidos! Quantos acidentes deixando pessoas mutiladas! Quantas brigas e até mortes ocasionadas pelo consumo de bebidas fortes! Quantas oportunidades jogadas fora! Quantos leitos hospitalares, manicômios e presídios superlotados pela ação de vítimas do álcool! A Igreja foi chamada para ser sal da terra e luz do mundo, ou seja, uma referência dos padrões e valores de Deus para o mundo e não para ser uma extensão do mundo (Leia Mateus 5.16). 

9º Motivo: Pretexto.
O argumento de que o fato de que Jesus bebia vinho com os pecadores (Leia Mateus 11.19) e que transformou água em vinho numa festa de casamento (Leia João 2.1-11) ou que Paulo recomendou a Timóteo que tomasse um pouco de vinho pelas suas constantes enfermidades no estômago (Leia I Timóteo 5.23) legitima o consumo de bebidas alcoólicas é tendencioso, oportunista e ignora pelo menos alguns princípios: 1. A Bíblia não se contradiz. A regra bíblica no AT é de reprovação ao consumo do vinho fermentado e não diz no NT que o vinho era fermentado. A palavra grega para vinho em ambos os casos (com fermentação ou sem fermentação) é “oinos”. Vale a regra hermenêutica de que uma afirmação bíblica menor estará contida e sempre de acordo com uma afirmação bíblica maior.  2. Os rabinos e fariseus que eram radicalmente contra o consumo de vinho fermentado e que provavelmente estavam entre os convidados não reprovaram ou questionaram a atitude de Jesus. 3. Nos dias de Cristo o consumo de vinho fermentado era social e religiosamente não recomendado. 4. É interessante notar que o texto traz uma acusação dos oposicionistas do ministério de Cristo e não uma declaração afirmativa. 5. Se Paulo insiste com Timóteo para que tome um pouco de vinho pelas suas características terapêuticas e medicinais é porque o próprio Timóteo não tinha o hábito de ingerir vinho e isto não acontecia em uma roda de amigos, ouvindo música e conversando lorotas, miolo de pote, patranha, treta, bazófia, gabolice ou coisa parecida.  Nas citações bíblicas relacionadas a finalidade da citação do vinho foi para manifestar a divindade de Cristo e sua humanidade através do seu poder e da identificação com os pecadores. Os fariseus, independente da questão moral, questionavam Jesus até pelo fato de andar ou se assentar ao lado de um pecador. Os escribas também disseram que Jesus estava possesso por um demônio chamado de Belzebu (Leia Marcos 3.22) e nós sabemos que esta acusação não tinha qualquer fundamento de verdade.
  
10º Motivo: Consciência.
Apesar de reconhecer os benefícios do consumo moderado do vinho, geralmente apontados em pesquisas médicas, a mesma ciência comprova que os mesmos benefícios podem ser encontrados na uva com casca, no suco de uva e nos chás verde e preto. O vinho é benéfico para a saúde, mas o álcool é maléfico para a saúde, para a família, para a sociedade e para a vida espiritual. O vinho fermentado é alcoólico. O suco de uva é vinho sem álcool. De que lado você fica? A decisão de cada um deve ser de acordo com sua consciência e nível de conhecimento e temor a Deus. Cabe a cada um responder diante de Deus pelos seus atos no plano físico, moral e espiritual (Hebreus 4.13 e Leia Romanos 14.11-13). Aos que querem viver segundo o padrão de excelência estabelecido por Deus cabe obedecer a Ele pela sua Palavra e pelos ministros que Ele constituiu para ensinar o seu rebanho (Leia Hebreus 13.17).

Nota: Vale ressaltar que o autor do artigo-estudo define-se hoje como um abstêmio não fazendo uso de qualquer bebida alcoólica, inclusive o vinho fermentado, em qualquer graduação alcoólica, em qualquer lugar e por qualquer justificativa ou pretexto de ordem social, terapêutica ou religiosa.

Outros textos para leitura e reflexão: Isaías 5.11,22 / Isaías 28.1-7 / Oséias 4.11 / Efésios 5.18

(Transcrito)


Em Cristo,
Helena

Ser cristão e não ser de CRISTO



A Bíblia não esconde o fato de que além do cristianismo verdadeiro, legítimo, renascido da “água e do espírito”, há também um cristianismo aparente, formado por “cristãos” que não estão ligados a Jesus, não estão enraizados nEle, não vivem nEle e nem por Ele. Mesmo que tudo pareça legítimo, eles não passam de uma imitação. É desses “cristãos” que Paulo fala ao escrever a Timóteo, em sua segunda carta: “…tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes” (2 Tm 3.5). A Edição Revista e Corrigida diz: “…tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”. Na Nova Versão Internacional lemos: “…tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se desses também”.

Sendo cristão sem ser cristão

De acordo com pesquisas nos EUA, quase metade dos americanos se dizem cristãos renascidos. Mas uma análise mais aprofundada revelou que muitos confundem o novo nascimento com uma sensação positiva a respeito de Deus e de Jesus.

Um levantamento estatístico entre os cristãos praticantes nos EUA apresenta resultados desanimadores, o que também é representativo em relação à Europa:

20% nunca oram
25% nunca lêem a Bíblia
30% nunca vão à igreja
40% não apóiam a “obra do Senhor” por meio de ofertas
50% nunca vão à Escola Bíblica Dominical (de todas as faixas etárias)
60% nunca vão a um culto vespertino
70% nunca dão dinheiro para missões
80% nunca freqüentam uma reunião de oração
90% nunca realizam culto em família [1]
Se a situação já é assim na América marcada pela influência do puritanismo, quanto mais na superficial Europa.

O próprio Senhor Jesus advertiu a respeito da confissão nominal, que carece de conteúdo verdadeiro, ou seja, que não está de acordo com o que vai no coração: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mt 7.21-23). Com isso, o Senhor esclarece quatro pontos básicos: há duas coisas que não são de forma alguma suficientes para que alguém seja salvo, e outras duas são imprescindíveis para que alguém seja redimido.

Duas coisas insuficientes para a salvação

Nem a simples confissão “Senhor, Senhor” (1) nem as obras em nome de Jesus (2) são suficientes para alcançar a salvação eterna. Em muitas igrejas, denominações e entidades cristãs as orações são meramente formais, os atos de caridade são feitos em nome de Jesus sem que aqueles que os realizam pertençam a Ele ou sejam filhos de Deus. Quantos indivíduos “cristãos” realizam atos cristãos sem pertencerem a Cristo! É assustador que no fim Jesus até mesmo condena as suas ações como sendo iníquas: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.

Duas coisas imprescindíveis para a salvação

Precisamos fazer a vontade de Deus (1) e precisamos ser conhecidos por Deus (2).

1. Fazer a vontade do Pai celeste não é realizar muitas boas ações, pequenas e grandes, mas ter fé em Jesus Cristo, entregar conscientemente a vida a Ele e obedecer-Lhe na prática.

O judaísmo da época de Jesus tinha “boas ações” para apresentar: muitos eram fanáticos em seguir a lei, lidavam com a Palavra de Deus, expulsavam maus espíritos e faziam milagres. Mas uma coisa eles não queriam: crer em Jesus Cristo e, assim, aceitar a misericórdia que recebemos por meio dEle. Pensavam que chegariam ao céu sem Ele, que Deus reconheceria as suas obras e lhes permitiria entrar. Porém, foi justamente nesse ponto que Jesus tratou de contrariar seus planos. Eles tinham de aprender e aceitar que a vontade de Deus era que reconhecessem sua própria falência espiritual e cressem em Jesus.

Nós enfrentamos o mesmo problema hoje. “Cristãos” nascidos em um ambiente cristão pensam que conseguirão ir para o céu por meio de obras cristãs. Ao lhes dizermos que nada disso serve, que no fim das contas as suas ações são iniqüidades inaceitáveis aos olhos de Deus e que eles continuam perdidos, a grande maioria reage de forma irritada, por pensar que não precisam de Jesus pessoalmente. Quando Jesus foi questionado: “Que faremos para realizar as obras de Deus?”, Ele respondeu: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6.28-29).

2. Precisamos ser conhecidos por Deus. Haverá pessoas das quais Jesus dirá naquele dia:“Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.

Não é suficiente crer em Jesus de forma superficial, reconhecê-lO, acreditar em Sua existência ou aceitá-lO até certo ponto. Não – é preciso que haja um encontro pessoal com Ele.

Posso dizer: “Conheço o presidente do Brasil”. De onde o conheço? De suas aparições na mídia. Mas será que ele me conhece? Claro que não! No entanto, se eu fosse convidado a visitá-lo, teria a oportunidade de ser conhecido por ele.

O Senhor Jesus convida cada ser humano, de forma pessoal, a entregar-se a Ele: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Quem aceita esse convite, quem se achega a Ele com todos os seus pecados, quem O aceita em seu coração e em sua vida e crê em Seu nome (Jo 1.12), esse é conhecido por Ele. Quem fez isso reconheceu o Pai e o Filho de Deus e entrará no céu: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).

“Tens nome de que vives…

…e estás morto” (Ap 3.1). Há muitos que se chamam de “cristãos”, mas o são apenas nominalmente. O Senhor Jesus falou de pessoas que imaginariam servir a Deus matando justamente Seus verdadeiros filhos: “Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus. Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim” (Jo 16.2-3).

Em muitas igrejas, denominações e entidades cristãs as orações viraram rotinas, sem que aqueles que oram pertençam a Jesus.

Eles reivindicam autoridade teológica, pensam servir a Deus, mas não conhecem nem o Pai nem Jesus Cristo. Isso aconteceu, por exemplo, na época das Cruzadas e da Inquisição. Hoje também existe uma teologia que reivindica toda autoridade para si e rejeita os que se baseiam na Palavra de Deus. Basta lembrar das muitas seitas e do islamismo, que afirmam que Deus não tem um Filho.

Já no século VII antes de Cristo, na época do profeta Jeremias, havia dignitários religiosos meramente nominais. Ouvimos o lamento de Jeremias: “Os sacerdotes não disseram: Onde está o Senhor? E os que tratavam da lei não me conheceram, os pastores prevaricaram contra mim, os profetas profetizaram por Baal e andaram atrás de coisas de nenhum proveito” (Jr 2.8).

Mesmo um cristão pode apostatar da fé. Quem com sua boca confessa ser cristão, mas não pratica o cristianismo no dia-a-dia, precisa aceitar que outros lhe perguntem se não está enganando a si mesmo.

Não é exatamente isso que vemos hoje? Muitos teólogos abandonaram a fé bíblica e correm atrás de convicções que não servem para nada. Eles se abriram para religiões e correntes espirituais que não têm absolutamente nada a ver com Jesus Cristo. Isso também já aconteceu na época em que o povo de Israel peregrinou pelo deserto. Depois de ter louvado a grandeza e a soberania de Deus (Dt 32.3-4), Moisés emendou uma declaração sobre os infiéis: “Procederam corruptamente contra ele, já não são seus filhos, e sim suas manchas; é geração perversa e deformada” (v.5). Portanto, realmente é possível que aqueles que não são Seus filhos se tornem infiéis a Ele.

É dito a respeito dos filhos de Eli: “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o Senhor… Era, pois, mui grande o pecado destes moços perante o Senhor, porquanto eles desprezavam a oferta do Senhor” (1 Sm 2.12,17). Não reconheceram ao Senhor porque desprezaram o sacrifício. Enquanto uma pessoa (por mais cristã que se considere) desprezar o sacrifício de Jesus pelo pecado, não reconhecerá o Senhor.

Todos os israelitas saíram do Egito, mas da maior parte deles Deus não se agradou, motivo pelo qual tiveram de morrer no deserto (veja 1 Co 10.1-12).

Como exemplo especial de alguém que era crente nominal e que realizava obras, mas que ainda assim estava espiritualmente morto, lembro de Balaão (veja Nm 22-24):

Ele era um homem a quem Deus se revelava, com quem Deus falava (Nm 22.9).
No começo ele foi obediente (Nm 22.12-14).
Ele afirmava conhecer o Senhor e O chamou de “meu Senhor” e “meu Deus” (Nm 22.18).
Ele adorava o Senhor (Nm 22.31).
Ele reconhecia a sua culpa (Nm 22.34).
Ele estava disposto a servir (Nm 22.38).
Deus colocou Suas próprias palavras na boca de Balaão (Nm 23.5).
Balaão abençoou Israel três vezes (Nm 23 e 24).
Ele testemunhou da sinceridade e da fidelidade de Deus (Nm 23.19).
Ele falou três vezes do Messias como Rei de Israel (Nm 23.21; Nm 24.7,17-19).
O Espírito Santo veio sobre ele (Nm 24.2).
Ele testemunhava ser um profeta de Deus (Nm 24.3-4).
Balaão confirmou a bênção e a maldição de Deus sobre os amigos e inimigos de Abraão (Nm 24.9, Gn 12.3).
Ele colocou o mandamento de Deus acima de bens materiais (Nm 24.13).
Ele falou profeticamente a respeito do futuro dos povos, sobre a chegada do Messias e chegou a mencionar o Império Mundial Romano [Quitim] (Nm 24.14-24).
Apesar de tudo isso, a Bíblia chama Balaão de falso profeta, vidente e sedutor (veja Nm 31.16; Js 13.22; Ne 13.1-3; 2 Pe 2.15-16; Jd 11; Ap 2.14-16). Por quê? Porque Balaão fazia concessões e aceitava comprometimentos, e levou o povo de Deus a se misturar com outros povos. Havia uma discrepância entre suas palavras e ações. “Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas. Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do SENHOR se acendeu contra Israel” (Nm 25.1-3). Balaão havia levado Israel a essa prostituição (Nm 31.16; Ne 13.1-3). Pedro chama Balaão de alguém que“amou o prêmio da injustiça”. Na Epístola de Judas ele é chamado até mesmo de enganador (“erro de Balaão”) e no Apocalipse ele é apresentado como alguém que “armou ciladas”.

A Bíblia diz a respeito das pessoas nos últimos tempos que “os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13). Quem tende a prostituir-se espiritualmente ou a comprometer sua fé e suporta, permite e pratica essas coisas sem que sua consciência o acuse, tem motivo para crer que, apesar das aparências, não é um cristão verdadeiro. Com isso não estou me referindo à luta contra o pecado, que qualquer filho de Deus enfrenta. Não, aqui não se trata de “derrotas” na fé e na obediência, mas de lidarmos com o pecado de forma consciente e indiferente, de deliberadamente escolhermos a prática pecaminosa.

Não somos salvos por nossas próprias obras, mas somente pela fé em Jesus Cristo, pela conversão a Ele. Só aqueles que O aceitam, ao Filho de Deus, em seu coração e em sua vida, com fé infantil, poderão realizar obras que testemunhem a veracidade de sua fé. Essa fé precisa estar “enraizada” na Palavra de Deus. Em Sua parábola sobre o semeador, Jesus diz que há pessoas que aceitam a Palavra de Deus com alegria, mas não criam raízes para ela e mais tarde a abandonam (Mt 13.20-21). A raiz liga a planta à terra, da qual ela vive, lhe dá firmeza, extrai alimento e o conduz à planta. A raiz é um símbolo do Espírito Santo, por meio do qual estamos enraizados em Deus. O Espírito Santo nos traz a vida em Deus, à medida que extrai alimento das Escrituras.

Podemos aceitar a Palavra de Deus de forma superficial, podemos simpatizar com o Senhor, podemos acompanhar os cristãos durante algum tempo, mas depois nos afastar novamente, porque nunca nascemos realmente de novo e por isso nunca tivemos “raízes”.

Jesus disse aos Seus discípulos, àqueles que O seguiam: “Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair” (Jo 6.64). De acordo com Hebreus 6.4-6, há pessoas que foram “iluminadas”, que “provaram o dom celestial”, e que até “se tornaram participantes do Espírito Santo” e ainda assim caíram. Por quê?

Porque foram iluminadas, mas elas mesmas nunca se tornaram luz. A luz pode se refletir em mim, e então estou iluminado; mas é preciso mais para que eu mesmo seja luz.
Porque provaram, mas não comeram (aceitaram). Posso sentir o cheiro do pão, provar o seu sabor (assim como o enólogo, que toma um pouco de vinho na boca para testar seu aroma, mas depois o cospe fora). Mas é preciso que aconteça mais: precisamos comer o pão, ingeri-lo. Não basta “provar” Jesus, ou seja, experimentá-lO – precisamos aceitá-lO em nós (Jo 6.53-56,63; Jo 1.12).
Porque participaram do efeito do Espírito Santo, mas nunca O receberam pessoalmente. Ao ler a Palavra de Deus, ao freqüentar um culto, posso participar do efeito do Espírito Santo. Mas isso não é suficiente. Não – é preciso que haja uma renovação espiritual real.
É possível que pessoas assim imitem o cristianismo durante algum tempo, acompanhem e participem de uma igreja local. Mas um dia elas “cairão” e negarão a Jesus. Então muitos se perguntam espantados: “Como isso é possível?”

Quando o Senhor Jesus falou de comer Sua carne e beber Seu sangue para ganhar a vida eterna (Jo 6.53-59), muitos de Seus discípulos disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (v. 60) e se afastaram dEle (v. 66), apesar dEle ter lhe explicado de antemão o que isso significava: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (v. 63).

Tornar-se cristão apesar de ser “cristão”

Enganam-se a si mesmos os que pensam que todos são cristãos! Muitas vezes, quando questionei pessoas que davam a entender isso, a resposta era: “Meus pais são cristãos”, ou: “Minha família é cristã!” Um conhecido evangelista costumava responder a essas afirmativas: “Se alguém nasce em uma garagem, isso não significa que seja um automóvel! E quando alguém nasce em uma família cristã, ainda falta muito para que se torne cristão!” (extraído de um livro de Wilhelm Busch).

Jesus disse a Pedro: “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos” (Lc 22.32). Por um lado, o Senhor confirmou a fé de Pedro. Por outro lado, porém, Ele falou da necessidade de sua conversão futura. Pedro poderia ter retrucado: “Senhor, sou judeu, um filho de Abraão. Cumpro os mandamentos, fui circuncidado ao oitavo dia, guardo o sábado, oro três vezes ao dia, celebro a Páscoa e faço os sacrifícios. E  já Te sigo há três anos…” Mesmo assim, ele ainda precisava converter-se. Da mesma forma Paulo, o grande defensor da lei, precisou se converter, assim como todos os outros apóstolos e discípulos.

Toda pessoa precisa se converter se quiser ser salva – inclusive os “cristãos”, sejam eles membros da igreja católica romana, protestantes, evangélicos ou de uma família cristã. Não são poucos os que nascem no cristianismo, da mesma forma como os judeus nascem no judaísmo. Mas, não é esse nascimento que dá a salvação, alcançada somente através de um “novo nascimento”: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). Precisamos nos converter mesmo que tenhamos sido batizados quando pequenos, freqüentado aulas de catecismo ou participado de cultos. Se não nascermos de novo, continuaremos perdidos.

Mais tarde, quando o apóstolo Pedro se converteu e experimentou o novo nascimento, ele escreveu em sua primeira carta: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros” (1 Pe 1.3-4).

Quem carrega em si o testemunho do Espírito Santo a respeito de seu novo nascimento (Rm 8.16) deve alegrar-se com essa certeza e agradecer a Jesus Cristo por ela. Mas quem não possui esse testemunho inconfundível do Espírito Santo e ainda assim pensa ser cristão, está sujeito a um grande engano. Mas hoje esses “cristãos”, e qualquer pessoa que queira ser salva, pode alcançar a certeza da salvação, se converter-se de forma muito séria a Jesus Cristo. Então, por que esperar mais? (Transcrito)


Fonte: Título original, “O Grande Engano”, Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, dezembro de 2006.


Em Cristo,
Helena

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Relacionamento Ilícito - Você sabe o que é?

Se você não faz idéia do que vem a ser um relacionamento ilícito, acho melhor assistir ao vídeo abaixo, certamente ao final, não terá mais dúvidas do que significa um relacionamento fora dos padrões de Deus.




Em Cristo,
Helena